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Marcos Resende Coisas

Marcos Resende Coisas

Coisas de William Blake

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01.

Quem nunca altera a sua opinião é como a água parada e começa a criar répteis no espírito.

02.
Se as portas da percepção fossem limpas, tudo apareceria ao homem como realmente é: infinito.´´

03.
O homem não tem um corpo separado da alma. Aquilo que chamamos de corpo é a parte da alma que se distingue pelos seus cinco sentidos.

04.
Aquilo que hoje está provado não foi outrora mais do que imaginado.

05.
A Energia é a eterna Alegria.

06.
Aqueles que reprimem o desejo assim o fazem porque o seu desejo é fraco o suficiente para ser reprimido.

07.
A estrada do excesso conduz ao palácio da sabedoria.

08.
Uma verdade dita com má intenção é pior do que todas as mentiras que possamos inventar.

09.
Quando a imprensa não fala, o povo é que não fala. Não se cala a imprensa. Cala-se o povo. 

10.
Ver um mundo num grão de areia e um céu numa flor selvagem, segurar o infinito na palma da mão e a eternidade em uma hora.

10.
Tua amizade já me fez sofrer muitas vezes, sê meu inimigo em nome da amizade.

11.
Não revele aos amigos seus segredos, porque você não sabe se algum se tornará seu inimigo. Não cause ao seu inimigo todo o mal que lhe possa fazer, porque você não sabe se ele se tornará um dia seu amigo.

12.
Veja o mundo num grão de areia, veja o céu em um campo florido, guarde o infinito na palma da mão, e a eternidade em uma hora de vida!

13.
Tigre, tigre que flamejas nas florestas da noite, que mão, que olho imortal se atreveu a plasmar tua terrível simetria?

14. 
Aquele que se deixa prender por uma alegria, rasga as asas da vida; aquele que beija a alegria, enquanto ela voa, vive no amanhecer da Eternidade.

15.
A simpatia é o coração a sorrir no rosto.

16.
É mais fácil perdoar nossos inimigos que nossos amigos.

17.
Dize sempre o que pensas e o vil te evitará.

18.
O fraco em coragem é forte em astúcia.

19.
Aquele cuja face não fulgura jamais será uma estrela.

 

William Blake, poeta, tipógrafo e pintor de Arte Fantástica
(Londres, 28 de novembro de 1757 — Londres, 12 de agosto de 1827)
Viveu num período significativo da história, marcado peloiluminismo e pela Revolução Industrial na Inglaterra. A literatura estava no auge do que se pode chamar de clássico "augustano", uma espécie de paraíso para os conformados às convenções sociais, mas, não para Blake que, nesse sentido era romântico, "enxergava o que muitos se negavam a ver: a pobreza, a injustiça social, a negatividade do poder daIgreja Anglicana e do estado. Apesar de seu talento, o trabalho de gravador era muito concorrido em sua época, e os livros de Blake, considerados estranhos pela maioria. Avançado demais para a época, Blake nunca alcançou fama significativa, vivendo muito próximo à pobreza.



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